Como
surgiu o Dia das Mães
Anna
Jarvis, a mãe do Dia das Mães
Uma promessa mudou para sempre o calendário de datas comemorativas dos Estados Unidos e de várias outras nações. A filha jurou à mãe criar o "Dia das Mães". Nove anos mais tarde, a promessa foi cumprida. Mas, em seguida, veio o arrependimento.
Uma promessa mudou para sempre o calendário de datas comemorativas dos Estados Unidos e de várias outras nações. A filha jurou à mãe criar o "Dia das Mães". Nove anos mais tarde, a promessa foi cumprida. Mas, em seguida, veio o arrependimento.
A
idéia do movimento era fortalecer os laços familiares e o respeito
pelos pais. Para Anna a data tinha um significado mais especial:
homenagear a própria mãe, Ann Marie Reeves Jarvis, falecida naquele
mesmo ano. Ann Marie tinha almejado um feriado especial para honrar
as mães. E Anna jurou terminar o trabalho que ela havia começado.
A
primeira celebração oficial do dia das mães aconteceu somente dois
anos depois, em 26 de abril de 1910, quando o governador William E.
Glasscock incorporou o Dia das Mães ao calendário de datas
comemorativas daquele estado. Virgínia Ocidental se tornou o
primeiro a reconhecer a data oficialmente. Mas rapidamente outros
estados norte-americanos aderiram à comemoração.
Em
1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson
(1913-1921), unificou a celebração em todos os estados,
estabelecendo que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado
sempre no segundo domingo de maio. A sugestão foi da própria Anna
Jarvis. Em breve tempo, mais de 40 países adotaram a data. Aqui no
Brasil, como na Europa, a comemoração é feita na mesma data (veja
quadro abaixo).
"Não
criei o dia das mães para ter lucro"
O
sonho foi realizado, mas, ironicamente, o Dia das Mães se tornou uma
data triste para Anna Jarvis. A popularidade do feriado fez com que a
data se tornasse uma dia lucrativo para os comerciantes --
principalmente para os que vendiam cravos brancos, flor que simboliza
a maternidade. "Não criei o dia as mães para ter lucro",
disse furiosa a um repórter, em 1923. Nesta mesmo ano, ela entrou
com um processo para cancelar o Dia das Mães, sem sucesso.
Anna
passou praticamente toda a vida lutando para que as pessoas
reconhecessem a importância das mães. Na maioria das ocasiões,
utilizava o próprio dinheiro para levar a causa a diante. Dizia que
as pessoas não agradecem freqüentemente o amor que recebem de suas
mães. "O amor de uma mãe é diariamente novo", afirmou
certa vez. Anna morreu em 1948, aos 84 anos. Recebeu cartões
comemorativos vindos do mundo todos, por anos seguidos, mas nunca
chegou a ser mãe.
Cravos:
símbolo da maternidade
Durante
a primeira missa das mães, Anna enviou 500 cravos brancos,
escolhidos por ela, para a igreja de Grafton. Em um telegrama para a
congregação, ela declarou que todos deveriam receber a flor. As
mães, em memória do dia, deveriam ganhar dois cravos. Para Anna, a
brancura do cravo simbolizava pureza, fidelidade, amor, caridade e
beleza. Durante os anos, Anna enviou mais de 10 mil cravos para a
igreja, com o mesmo propósito. Os cravos passaram, posteriormente, a
ser comercializados.
A
mãe de Anna, Ann Marie Reeves Jarvis (foto), chegou na West Virginia
aos onze anos de idade. À época, o pai dela (avô de Anna),
reverendo Josiah W. Reeves, era um ministro da igreja metodista. Ann
Marie casou-se com Granville E. Jarvis, filho de um ministro batista,
em 1850, aos 17 anos. O casal teve Anna e mais seis filhos, mas
somente quatro chegaram à vida adulta.
A
mãe pioneira
No
Brasil
O
primeiro "Dia das Mães" brasileiro foi promovido pela
Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de
1918. Em 1932, o presidente Getúlio Vargas oficializou o feriado. Em
1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de
Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário
oficial da Igreja Católica.
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